quinta-feira, 5 de maio de 2011

Nothing

Sento e respiro para escrever algo. Não consigo. Tento pensar no que fiz no dia inteiro, para ter algo para escrever, e nada. A vida as vezes parece tão monótona mesmo tendo milhares de coisas acontecendo. Se esta monótona, por que sempre pareço tão cansada? O mundo é algo estranho, por isso não vou falar sobre ele. Já os pensamentos ... Ah, são complexos demais também. Sendo assim, falarei sobre o tempo, sobre o Sol a Lua e as estrelas? Acho que todo esses elementos que faz com que o mundo não seja tão insignificante, arrancaram meus sentimentos para eles, como um profundo buraco negro. Como algo tão belo, algo com tanto significado e sentimento, pode arrancar isso de mim? Como consegue fazer com que eu não tenha palavras, respostas ou filosofia para nada? Acho que o belo pode fazer com que voce seja vazio. Mas não é um vazio sobre o nada, é mais um vazio de acumulo de sentimentos e pensamentos que fez com que não houvesse palavras ou significado para isso. É confuso e estranho. Não sei mais para o que olhar, o que observar, não queria deixar isso para amanhã, mas vivendo nesse mundo onde somos todos necessitados de ficar trancados em lugares onde não há nada belo naturalmente, apenas coisas artificias e monótonas. O branco já não tras a paz, mas sim o tédio. A música é a única solução, sinti-la, fechar os olhos e imaginar é a única coisa que faz com que tudo faça algum sentido. Talvez o sentido do nada.

Um comentário:

  1. Ando lendo seus textos, Carol. E reparando nas mesmas coisas. Por exemplo, eu gosto das ideias que você tem, gosto do senso de poesia que você compartilha; aprecio a forma como você compara a insignificância do ser humano com a imensidão do universo, e reparei que são formas que sempre se repetem. Percebo que você se deitaria na grama numa noite quente e olharia sem se cansar para o firmamento até que um sol na cara te acordasse na manhã seguinte. :))

    Quero, porém, dar um pequeno conselho...
    Sempre RELEIA! Nunca publique nada sem revisar, pois um bom texto é fruto não do acaso, mas do treino e da prática. Assim como uma nota desafinada no violão estraga toda uma canção, a pontuação equivocada, ou os erros de concordância, e falta de acentos, podem roubar o sentido do que você quer transmitir.

    Por meio de um ouvido crítico você aprende a tocar afinado; através da auto exigência você também aprende a escrever fluente e corretamente. Se você sempre se permitir tocar mal, nunca virá a tocar bem. O mesmo se refere à escrita. Pois a gente acaba acostumando, sabe?

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